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SEMIÓTICA DA LÍNGUAGEM CULTURAL DOS SURDOS(AS)



Ano III, v.3, ed. 2, set./ dez. 2023. DOI: 10.51473/ed.al.v3i2.746 | submissão: 24/10/2023 | aceito: 24/10/2023 | publicação: 25/10/2023


SEMIÓTICA DA LÍNGUAGEM CULTURAL DOS SURDOS(AS)

SEMIOTICS OF THE CULTURAL LANGUAGE OF THE DEAF


Rita de Cassia Barbosa Arouca


RESUMO


Este artigo apresenta um recorte da Dissertação de Mestrado que aborda a temática SURDOS(AS): ANALISE ENTRE A SEMIÓTICA DA LÍNGUA E DA LINGUAGEM CULTURAL MEDIANTE TECNOLOGIAS. O trabalho comunica os resultados da produção Semiótica Peirciana e a linguagem Cultural Surda. A semiótica, a qual nos referimos, determina de modo preciso a tríade de Charles Peirce ou as três categorias universais Peirciana: Primeiridade, Secundidade e Terceiridade. É também investigada por Santaella (2004:01) que informa ser o processo semiótico a “ciências geral de todas as linguagens”. Desta forma, a linguagem cultural será compreendida, através do raciocínio logico abdutivo de Peirce, conhecido, também, com a expressão “Inferência da Melhor Explicação”. Significando que uma reunião de ideias vai responder e interpretar os fenômenos de um problema ou conjectura, através de premissas lógicas. A abordagem da linguagem da cultura surda é constatada pelas particularidades intrínseca presente na própria língua dos Surdos(as) – a LIBRAS. Incluindo as características peculiares conhecidas como “Sinal Surdo ou “Batismo”, além das nuanças contidas nas unidades mínimas da língua gestual-visual, e dos parâmetros que complementam entre si. Tais parâmetros são percebidos na própria expressão corporal e facial a presença da linguagem visual-gestual-espacial rica de signos mostra a cultura de um povo. Vale salientar que a designação de “Identidade Surda”, para comunidade surda, é a sua língua de sinal. É a LIBRAS que os identifica. Esta, por si só, engloba todos os princípios de um sistema de signos, com suas divisões gramaticais. Assim sendo, a legitimidade de sua língua e toda a forma como a história surda foi construída passa a fazer parte da cultura surta. A cultura surda está em constante evolução, assim ela é uma construção de um povo e a pesquisadora Surda Strobel (2007) apresenta uma nova forma de referenciar a história surda a partir da própria cultura surda, dividindo em 3 fase: Revelação Cultural, Isolamento Cultural e o Despertar Cultural. Desta forma, o próprio Surdo passa a ser referência para um outro, sendo representada no quadro hipoíconico, as pessoas que fizeram e fazem a história de pessoas com surdez.


Palavras-chave: Surdos(as), Semiótica Pierciana, Linguagem Cultural, Identidade Surda


ABSTRACT


This article presents an excerpt from the Master’s Dissertation that addresses the topic DEAF: ANALYSIS BETWEEN LANGUAGE SEMIOTICS AND CULTURAL LANGUAGE USING TECHNOLOGIES. The work communicates the results of Peircian Semiotic production and Deaf Cultural language. The semiotics, to which we refer, precisely determines Charles Peirce’s triad or Peirce’s three universal categories: Firstness, Secondity and Thirdness. It is also investigated by Santaella (2004:01) who reports that the semiotic process is the “general science of all languages”. In this way, cultural language will be understood through Peirce’s abductive logical reasoning, also known as the expression “Inference of the Best Explanation”. Meaning that a meeting of ideas will respond and interpret the phenomena of a problem or conjecture, through logical premises. The approach to the language of deaf culture is confirmed by the intrinsic particularities present in the Deaf language itself – LIBRAS. Including the peculiar characteristics known as “Deaf Sign or “Baptism”, in addition to the nuances contained in the minimum units of the sign-visual language, and the parameters that complement each other. Such parameters are perceived in the body and facial expression itself. The presence of visual-gestural-spatial language rich in signs shows the culture of a people. It is worth noting that the designation of “Deaf Identity”, for the deaf community, is their sign language. It is LIBRAS that identifies them. This, in itself, encompasses all the principles of a sign system, with its grammatical divisions. Therefore, the legitimacy of their language and the entire way in which deaf history was constructed becomes part of Surta culture. Deaf culture is constantly evolving, so it is a construction of a people and Deaf researcher Strobel (2007) presents a new way of referencing deaf history from deaf culture itself, dividing it into 3 phases: Cultural Revelation, Cultural Isolation and the Cultural Awakening. In this way, the Deaf person himself becomes a reference for another, being represented in the hypoic framework, the people who made and make the history of people with deafness.

Keywords: Deaf, Piercian Semiotics, Cultural Language, Deaf Identity

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